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Segunda-feira, 28 Março 2011 20: 02

Fontes de fibra para papel e celulose

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A estrutura básica da celulose e das folhas de papel é uma esteira de feltro de fibras de celulose unidas por pontes de hidrogênio. A celulose é um polissacarídeo com 600 a 1,500 unidades repetidas de açúcar. As fibras têm alta resistência à tração, absorvem os aditivos usados ​​para modificar a celulose em produtos de papel e cartão e são flexíveis, quimicamente estáveis ​​e brancas. O objetivo da polpação é separar as fibras de celulose dos outros componentes da fonte de fibra. No caso da madeira, são as hemiceluloses (com 15 a 90 unidades de açúcar repetidas), ligninas (unidades altamente polimerizadas e complexas, principalmente fenilpropano; atuam como a “cola” que cimenta as fibras), extrativos (gorduras, ceras , álcoois, fenóis, ácidos aromáticos, óleos essenciais, oleorresinas, estearóis, alcalóides e pigmentos), minerais e outros inorgânicos. Conforme mostrado na tabela 1, as proporções relativas desses componentes variam de acordo com a fonte de fibra.

Tabela 1. Constituintes químicos das fontes de fibra de celulose e papel (%)

 

Madeiras macias

Folhosas

Palha

Bambu

Algodão

Os hidratos de carbono

         

a-celulose

38-46

38-49

28-42

26-43

80-85

Hemicelulose

23-31

20-40

23-38

15-26

nd

Lignina

22-34

16-30

12-21

20-32

nd

Extrativos

1-5

2-8

1-2

0.2-5

nd

Minerais e outros
inorgânicos


0.1-7


0.1-11


3-20


1-10


0.8-2

nd = sem dados disponíveis.

Árvores coníferas e decíduas são as principais fontes de fibra para celulose e papel. Fontes secundárias incluem palhas de trigo, centeio e arroz; canas, como bagaço; caules lenhosos de bambu, linho e cânhamo; e sementes, folhas ou fibras liberianas, como algodão, abacá e sisal. A maior parte da celulose é feita de fibra virgem, mas o papel reciclado representa uma proporção crescente da produção, passando de 20% em 1970 para 33% em 1991. A produção de derivados de madeira representou 88% da capacidade mundial de celulose em 1994 (176 milhões toneladas, figura 1); portanto, a descrição dos processos de celulose e papel no próximo artigo foca na produção de madeira. Os princípios básicos também se aplicam a outras fibras.

Figura 1. Capacidades mundiais de celulose, por tipo de celulose

PPI020F1

 

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Leia 10701 vezes Última modificação em sábado, 27 de agosto de 2011 16:54